Friday, November 27, 2009
Frustados governam
Sunday, November 22, 2009
Ainda a justiça...
É claro que a guerra não fica por aqui e há-de levar anos a encerrar. E em cada momento que seja de interesse de alguém relembrar a sua existência elas voltarão às páginas de jornais, com toda a minúcia, para entreter e distrair português daquilo que é essencial.
A lei está tão bem feita que hoje ainda ninguém sabe ao certo o que lhes fazer agora, o que lhes devia ter sido feito logo que foram detectadas, etc. E isso é válido qualquer que seja a personalidade política em causa nos três mais altos cargos da nação. o que exige que a lei seja revista rapidamente, para evitar que outro magistrado com uma leitura da lei mais sensível, ou com os ouvidos mais tísicos, e se desencadeie novo processo em cadeia na praça pública para entreter português, porque está demonstrado que as malhas do poder judicial estão rotas.
Aqui fica uma sugestão: em vez dos senhores deputados andarem entretidos com inquéritos paralelos, em sede de parlamento, de questões que são do foro dos tribunais e estão em investigação, regulamentem devidamente essa lei e tantas outras que aguardam regulamentação, para poderem ser aplicáveis. O parlamento não é a sede maior do poder legislativo? ou passou a ser um poder de inquisição paralelo do judicial?
Tuesday, November 17, 2009
Suprema Justiça
Ainda não aprendeu. Nem a ficar calado, nem a falar claro, nem a falar pouco, o mínimo indispensável, se é que era o momento e o local para dizer algo, encontrando-se numa casa que não é sua e, por sinal, na do mais alto órgão de soberania.
É este um dos supremos magistrados que temos. Se é isto que melhor representa a justiça suprema deste país, o par dos pares, o melhor dos melhores, o que andará por lá. Se fosse crente diria: meu deus, tira-mos daqui...
Como cada vez compreendo melhor o bastonário mal-querido: fujam! fujam, para longe, acrescento eu. Será que neste país a mediocridade venceu por todo o lado? não há já pessoas à altura dos mais elevados cargos do país? onde andam as competências? o que fizemos nós para os merecer? não há ninguém que lhes retire a confiança?
Friday, November 6, 2009
Programa do governo passa na AR
Escrevia eu o seguinte, logo após as eleições, no blogue amigo http://omundoaquitaoperto.blogspot.com/2009/10/depois-das-eleicoes-parte-2.html :
“Não gostando do PM nem sendo PS, rendo-lhe a minha homenagem por ter tido a coragem de pretender governar um país falido; é preciso colh... como dizem na minha terra. Quanto aos resultados obtidos eles falam por si. Quem tentou (governar) antes ainda afundou mais e desbaratou património... Quem não tentou nem podia tentar continuou a cantar as mesmas loas como se crise não houvesse e os recursos fossem ilimitados para distribuir. Bastaria imaginar o que teria sido esta campanha passada se não houvesse a crise mundial, não estaríamos aqui a falar sequer e era só tapetes de flores!
Faço votos que a mensagem do (autor que eu comentava e que apelava à união da esquerda) seja ouvida por quem deve, desde os encantadores de serpentes aos sonhadores de miragens perdidas, mas se bem os conheço ainda não é desta... Oxalá me engane!”
Pois é: não é que acertei mesmo? Continuam na mesma! Cada um entrincheirado nos seus paradigmas que a nada levam, cada um com o mesmo discurso de antes das eleições… calculistas e fazendo os fretes às mesmas clientelas, presos de compromissos uns confessados outros inconfessáveis. Vejamos alguns dos estafados argumentos.
As políticas sociais. Que mais podia ser feito sem fazer disparar o défice para valores insuportáveis no quadro da UE sem que viessem censuras agravadas e mais sacrifícios de todos? Propostas concretas nesse quadro? Nenhumas… Em contrapartida, aumentar os subsídios, prolongar a sua atribuição, estendê-la a novas categorias, tudo isso sem propostas na receita. Assim, é fácil, mas não passa de demagogia.
Os professores. Reparem bem nesta, o problema não é a política de ensino e de educação, são “os professores”… bastaria ver na tv o ar embevecido e arregalado do já eterno candidato a cacique sindical perante os líderes do PSD para se concluir que algo não bate certo. Então quais são os problemas: a carreira e a avaliação. Qual a posição que defendem, uns em torno dos seus direitos, outros tentando continuar a cavalgar a onda, em muitos casos oportunista, seja pela direita, seja pela esquerda. A alteração na carreira consistiu fundamentalmente em quebrar uma rotina de décadas em que todos os professores, trabalhassem muito, pouco, ou nada (em alguns casos) chegavam ao topo da carreira. Isso acabou! Sacrilégio que foram aos direitos dos professores! Mas em que profissão existe isso? Os professores são todos sacrossantos e todos têm direito ao céu? A alteração na avaliação visou estabelecer um critério de mérito, precisamente para premiar os que o tem e com isso progredirem na carreira merecidamente. Antes o que havia: um simulacro de avaliação em que burocraticamente todos tinham o máximo de classificação e consequentemente para nada servia: nem para reconhecer o mérito nem para estabelecer a diferenciação entre os que merecem reconhecimento e os que, não o merecendo num ano, têm novas oportunidades para o ganharem. Os falsos argumentos invocados para combater o sistema de avaliação, foram sucessivamente desmontados e quando nada mais havia para discutir veio, confessa mas envergonhadamente, a única razão de fundo: o problema não era a avaliação que consideravam necessária, o problema eram as quotas! Pois é, mas sem quotas não há diferenciação, porque se cairá no que havia antes: todos têm mérito e logo todos merecem a classificação máxima…
Políticas económicas. Uma das teses da oposição é a seguinte: as políticas estão erradas porque os resultados o demonstram. Vejamos o seguinte: quando antes de rebentar a crise mundial o défice que era para baixar dos 3% ao fim de 4 anos, pela censura europeia, ao fim de dois anos já a tinha ultrapassado não havia críticas. Reconhecia-se o esforço e os resultados timidamente, faziam-se críticas absolutamente marginais (é preciso criticar sempre alguma coisa, quando se está na oposição) e a oposição com ambições de poder estava totalmente esfrangalhada, envergonhada de em mandato popular anterior nada ter conseguido. Veio a crise, a UE autoriza que se aumente o défice em apoio de políticas sociais, e afinal as políticas que antes estavam certas, agora no novo discurso estão erradas… demagogia barata!
Outra das bandeiras: as PME ou, como glosadamente dizem alguns, as NMPME! Bastaria comparar os números anuais dos apoios concedidos através de fundos públicos e europeus para se verificar que nunca tantos recursos foram dedicados a estes estratos empresariais. Não chegam? Certamente que não mas não há política económica mais errada que aquela que defendem alguns, ainda saudosistas dos Estados falidos, de apoiar todas as empresas mesmo as que não tem qualquer viabilidade. As empresas são corpos socio-económicos que nascem e vivem aproveitando oportunidades de mercado e que morrem quando elas não existem ou os seus promotores e líderes não têm ou deixam de ter capacidades para as conduzir com sucesso. O governo não é accionista do sector privado e não tem obrigação nem o direito de canalizar os recursos que gere, mas que são de todos, para projectos sem viabilidade. Outros, no extremo oposto, demagogicamente defendem que o apoio à PME passa pela redução dos impostos, como se as finanças públicas estivessem em situação de suportar uma redução da receita na situação presente. São os mesmos que simultaneamente, defendem o aumento dos apoios sociais. Só por milagre: reduzir a receita e aumentar a despesa…
A ver vamos o que o futuro nos reserva, pelo meio da nuvem da corrupção que cada vez mais se alarga e que sem uma justiça rápida cada vez mais desgastará a confiança nas instituições nacionais.